segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Que figura!

Recentemente eu tomei conhecimento de um radialista e cronista policial chamado Luiz Carlos Alborghetti, que até recentemente apresentava um programa chamado "Cadeia sem censura" trasmitido via internet (www.cadeiasemcensura.com.br). Este site, no momento está fora do ar, porém conteúdos destes programas podem ser encontrados na net, especialmente no youtube. Segue abaixo uma relação de videos com alguns dos melhores momentos do impagável radialista:

http://www.youtube.com/watch?v=jmqS6dbURx0
- Falando sobre a Mônica Veloso, e como ela se deu bem por ter feito um filho com Renan Calheiros!

http://www.youtube.com/watch?v=SFpUFyCk9AU&NR
- Criticando o estatuto do desarmamento

http://www.youtube.com/watch?v=kTL1hwnKIQc - quebrando tudo no programa da Luciana Gimenez

http://www.youtube.com/watch?v=d2W2Xqc92Oo&NR=1 - mandando Tiaguinho pro colo do capeta

http://www.youtube.com/watch?v=axSXSrWNdvo&feature=related - Alborghetti X PCC

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Mais uma tragédia no trânsito brasileiro!

Mogi das Cruzes, domingo, 10 fevereiro. Na estrada que liga Mogi à vizinha Itaquaquecetuba, um carro com sete moças bate violentamente em um caminhão e sai da pista. Resultado da tragédia: 5 delas morrem instantaneamente e as outras duas são hospitalizadas em estado grave. A polícia encontrou garrafas de cerveja dentro do carro. Notícias como essa, infelizmente, tem sido frequentes nos jornais. Na véspera de Natal do ano passado, por exemplo, (há menos de dois meses, portanto) outros 5 jovens perderam a vida próximo a Jataí-GO em um acidente igualmente causado pela fatídica combinação bebida, direção e alta velocidade.
É de se perguntar como evitar que mais tragédias como essas ocorram. Os pais de algumas das vítimas do acidente de Mogi sugeriram uma ampla mobilização para conscientizar os jovens sobre os perigos de beber e dirigir, mas creio que esta é uma solução inócua, porque, jovens são teimosos e acreditam que essas coisas não acontecem com eles. Eles não pensam que dirigir bêbado pode custar a vida deles, e pior, a vida de terceiros que acabam pagando por este ato irresponsável!
A meu ver, estes acidentes reduziriam muito se medidas restritivas à condução de veiculos por parte de menores de 25 anos fossem adotadas. Eles poderiam ser proibidos de dirigir durante finais de semana e durante à noite, ficando autorizados a dirigir somente em dias úteis durante o dia. Pode ser radical, mas ajudaria muito a melhorar essas tristes estatísticas de mortes de jovens no trânsito.

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Excelente artigo

Boa tarde a todos. Leiam este interessante artigo do colunista Nelson Archer, publicado na Folha de São Paulo nesta segunda (04/02). Boa leitura.
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QUANDO VIERAM atrás das lâmpadas incandescentes, não protestei porque já me habituara a ler à luz de outras; quando baniram os bifes, não disse nada porque podia comer pizzas; quando eliminaram os transgênicos, tampouco reclamei, pois meu salário bastava para comprar alimentos orgânicos; quando proscreveram os vôos internacionais, dei de ombros, pois já conhecia Paris, Londres, Veneza; quando tornaram proibitivo o uso de automóveis, obrigando todos a se aglomerarem em ônibus e metrôs, calei-me porque trabalhava em casa; quando plastificaram as genitálias alheias para limitar a produção de bebês, ri da história porque não me dizia respeito; quando criminalizaram a sátira, os comentários politicamente incorretos, a obesidade, o fumo etc., aí, obviamente, já era tarde demais para abrir o bico.
Poucas décadas atrás, todas as proibições mencionadas teriam parecido ridículas, quando não absurdas. Dependendo de onde a vítima viva, hoje a maioria delas se tornou real demais. E muitas estão sendo impostas aos cidadãos não por meio de mecanismos democráticos, como a discussão e o voto, mas através de lobbies endinheirados que pressionam governos para que estes imponham à sociedade as manias desta ou daquela minoria obsessiva.
O lobby mais poderoso e articulado é, sem dúvida, o dos verdes ou ecologistas. Esse pessoal não apenas meteu na cabeça que, devido a algumas variações de frações de graus nos últimos cem anos, o planeta está prestes a se derreter, como se convenceram também de que nós, ou seja, os seres humanos, é que somos a causa do suposto desastre. Gente como Al Gore, os militantes do Greenpeace e os burocratas transnacionais da ONU selecionam a dedo, entre inúmeras hipóteses contraditórias, as poucas que lhes confirmam os preconceitos, obtêm apoio de alguns cientistas que acreditam nelas, conseguem o silêncio de muitos outros e, valendo-se de modelos computacionais às vezes duvidosos, muitas vezes discutíveis e discutidos, transformam em verdade absoluta o que mal passa, no momento, de uma especulação entre tantas, declarando, precipitada e acientificamente, que se trata de consenso indiscutível. Para completar, demonizam ou isolam quem quer que levante a menor objeção.
Mas, como não faltam mais aqueles que estão devidamente habituados e vacinados contra seu terrorismo conceitual (e, não raro, seu terrorismo propriamente dito), o fato é que, se submetidas aos processos decisórios normais de uma democracia, as medidas que eles reivindicam para combater tais males imaginários jamais seriam referendadas pelo grosso do eleitorado. Aí entram milionários como George Soros, companhias preocupadas com o efeito da propaganda negativa, firmas interessadas em vender produtos ecologicamente corretos, economias estagnadas que vêem nessa medida uma maneira de prejudicar as que andam a pleno vapor, países, ou antes, governos e elites do Terceiro Mundo aos quais se promete certa vantagem financeira em troca de apoio e assim por diante.
Um exemplo ajuda: pouco antes de deixar a presidência dos EUA para se tornar uma presença requisitada em Davos e lobbista internacional, Bill Clinton assinou o Protocolo de Kyoto. Por que é que só o fez então? Porque sabia que o documento não tinha a menor chance de passar pelo Senado. Embora seu gesto fosse, como tal, inútil, este aumentava sua popularidade entre o jet-set internacional em detrimento, é claro, da imagem de seu país. E isso apesar de sabermos que Kyoto era praticamente inútil, que as nações mais vocalmente empenhadas em seu sucesso têm sido as que mais longe ficaram das metas propostas.
A preocupação exacerbada com o clima e o meio ambiente, coisas cujo funcionamento se conhece pouco e mal, já resultaria em problemas imediatos, pois, para a parcela miserável da humanidade, dificulta cada vez mais a superação de seu estado. O que a faz ainda pior é o fato de que seja usada para encobrir ou eclipsar as questões verdadeiramente urgentes, os perigos autênticos que nos rondam: fanatismo religioso e conflitos interétnicos, terrorismo e banditismo internacionais, contrabando de armas e narcotráfico, migrações descontroladas, ditaduras genocidas em vias de adquirir armamentos nucleares. Nada disso, porém, desviará a atenção de milhares ou milhões de militantes que, como os adeptos de qualquer seita, são movidos por dois desejos prazerosos, a saber, o de policiar a vida alheia e o de punir o sucesso de sociedades inteiras que não comungam de sua fé apocalíptica.