segunda-feira, março 31, 2008

Trabalhador precisa de qualificação, não de proteção!

No meu post anterior, discorri sobre a desconfiança generalizada que se abate sobre a classe empresarial no Brasil, e continuando nesta linha, vou falar sobre as relações empregador X empregado e como as leis que na visão hegemônica esquerdista servem para proteger os segundos contra a ambição desmedida dos primeiros, na verdade só inibem a geração de empregos e empurram milhares de brasileiros para a informalidade.
A folha de pagamentos é muito cara no Brasil, tanto que para cada real gasto com salário, o empregador gasta outro com contribuições. Se um trabalhor recebe 1200 reais por mês , seu patrão tem que desembolsar cerca de R$2400 por mês. Grandes empresas, especialmente as gigantes multinacionais, conseguem arcar com os pesados custos trabalhistas brasileiros, mas para boa parte dos pequenos empreendimentos, não resta outra alternativa a não ser a informalidade.
O problema é que a miopia de burocratas e sindicalistas não lhes permite enxergar que a flexibilização das leis trabalhistas, com a conseqüente redução dos encargos é benéfica tanto ao empregado quanto ao empregador. Tanto que os países com os menores índices de desemprego são aqueles em que as leis que regem a relação trabalhador x patrão são mais flexiveis. Se as contribuições pagas pelos empregadores fossem reduzidas a 20% do salário, com os mesmos 2400 reais despendidos pelo patrão, o empregado ganharia 2000 reais!
Ademais, se as tão propalados "conquistas" dos trabalhadores, tais como 13º, férias remuneradas, FGTS, etc. são tão boas assim, porque milhares de brasileiros emigram (muitas vezes, ilegalmente) para países como Japão ou EUA, onde enfrentam longas jornadas de trabalho, além não contar com tais benefícios?
É certo que com uma reforma na CLT, o trabalhador perderia alguns direitos, mas o que é preferível, um emprego sem todas aquelas garantias previstas na lei atual, ou nenhum? O trabalhador não precisa ser tratado como coitadinho, precisa de aprimoramento profissional e qualificação, é isso que aumenta suas chances de conseguir emprego, e não leis idiotas que só encarecem o processo de contratação.
Não há perspectivas de mudança a curto prazo, afinal isso teria um custo político enorme que ninguém quer assumir. Com uma legislação trabalhista tão antiquada, o Brasil vai perdendo chance de competir em um mundo globalizado e boa parte de nossos empregos vão migrar para outros países, como a China, onde o custo de mão-de-obra é mais barato.




quarta-feira, março 19, 2008

Empresários não são bandidos!

Um dos maiores entraves ao desenvolvimento do país é a desconfiança generalizada em relação à classe empresarial no Brasil. Aqui de forma geral, as leis tratam empresários como exploradores gananciosos e cidadãos como idiotas que precisam da tutela estatal contra os malvados capitalistas pertencentes ao primeiro grupo.
Uma lei que exemplifica até que ponto pode chegar essa desconfiança é aquela que obriga as padarias a vender pão francês a peso, não mais por quantidade como era antes desta lei absurda, que partiu do pressuposto que os donos de padarias são espertalhões que iriam passar a perna nos consumidores vendendo o pãozinho com peso inferior a 50 gramas. Se antes sabíamos de antemão quanto pagaríamos pelo pãozinho nosso de cada dia, hoje não dá mais porque o peso de cada um dos pães varia. Por exemplo, se o pão custasse R$ 0,30, para comprar quatro, bastaria levar R$1,20 contadinhos. Isso antes do advento desta lei absurda, porque agora os mesmos 4 pães podem sair por R$1,10, ou R$ 1,30 dependendo do peso de cada pão.
Anos e anos de lavagem cerebral marxista convenceram boa parte de nossa população que empresários só enxergam lucro, pouco se preocupando com seus clientes, com a natureza e seus empregados, que sob a ótica esquerdistas são explorados até a última gota de sangue. Recentemente, uma escola tradicional no RJ, o colégio São Bento, distribuiu a alunos de 7a série uma apostila que mostra uma caricatura grotesca de um empresário (gordo, com charuto na boca), expropriando as riquezas produzidas pelos trabalhadores. Como boa parte de seus alunos são filhos de empresários, fico imaginando o que se passa na cabeça de um adolescente de seus 13, 14 anos ao serem ensinados que seus pais são vagabundos exploradores do trabalho alheio.
Há um componente cultural em toda essa desconfiança em relação ao empresariado. Brasileiro não tem muita simpatia por quem consegue vencer na vida. O sucesso alheio incomoda, por isso é preciso castrar, limar, controlar quem chega ao topo. Nada melhor para fazer isso do que o papai estado, através de uma miríade de regras e normas que engessam os negócios, sem falar da legislação trabalhista totalmente antiquada, que só ajuda a criar empregos na China.
Não quero dizer aqui não existem maus empresários. Eles existem sim, mas sua proporção não é maior que a de maus médicos ou de maus advogados, por exemplo. O grande problema aqui é a generalização. Não é porque alguns empresários são pouco éticos, que toda a classe seja assim.
É fato, que os países que prosperam são aqueles que oferecem um ambiente favorável a negócios, em que as pessoas possam empreender e inovar, com um mínimo de interferência estatal possível. Basta dar uma olhadinha no ranking do índice de liberdade econômica, elaborado anualmente pelo instituto norte-americano Heritage Foundation, para constatar que os países desenvolvidos estão no topo da lista. Já os mais atrasados estão na rabeira. O Brasil, no ranking de 2008 aparece em um vergonhoso 101º lugar, ao ladode países como Argélia, Zâmbia e Nigéria. Pode-se conferir no site deste instituto, que desde 2003, ano em que Lula assumiu a presidência, o Brasil tem perdido várias posições neste ranking. Era o 58º em 2003, em 2006 era o 70º e no ano passado, despencou 29 posições indo para o 99º. Deste jeito não corremos o menor risco de dar certo.

quarta-feira, março 12, 2008

Jeitinho brasileiro fazendo escola!

Nesta semana eu vi uma notícia na internet que informava que bares no estado norte-americano de Minnesota estão driblando uma lei estadual que proíbe o fumo em recintos fechados, e abre uma exceção para atores em produções teatrais.
Qual a idéia que esses bares tiveram para que os seus clientes possam fumar à vontade? Simples: os bares se transformam em "teatros" e seus frequentadores viram "atores". Alguns bares até imprimem na conta o "elenco" de barmen e os cinzeiros passam a compor parte do cenário. Entre 50 e 100 bares já aderiram a essa idéia. É o jeitinho brasileiro fazendo escola pelo mundo!!

segunda-feira, março 10, 2008

O que a mulher conquistou nas últimas décadas?

Sábado passado foi o dia internacional da mulher. Estava devendo um tópico sobre este assunto, mas agora soubrou-me um tempo para pagar esta dívida.
A mulher, nas sociedades ocidentais, conquistou um espaço importante nas últimas décadas, passando de uma posição de submissão ao homem na qual, o máximo a que poderiam aspirar era um bom casamento, a uma posição de destaque na sociedade, superando até mesmo os homens em alguns indicadores sócio-econômicos, como por exemplo, o nível de escolaridade, embora as primeiras ainda ganhem menos que os segundos.
Embora seja louvável a luta que as mulheres empreenderam para obter um espaço maior na sociedade, as suas conquistas, a meu ver, tem um preço. Primeiro: uma carga maior de obrigações, já que além de trabalhar fora, as mulheres também têm que cuidar dos afazeres domésticos e dos filhos. Durante uma viagem de ônibus no fim de ano, conversei com uma passageira que estava ao meu lado e ela me disse que se pergunta sempre o que a mulher conseguiu nos últimos tempos, já que a dupla jornada de trabalho faz com que ela mal tenha tempo para si mesma.
Segundo: já que a mulher saiu para trabalhar, sobra menos tempo para criar os filhos, e pais menos presentes significam filhos mais rebeldes, sem preparo para enfrentar os desafios do mundo. Além disso, com a dita "emancipação feminima", cujo símbolo maior é a pílula anticoncepcional, muitas mulheres adotaram maus hábitos masculinos, como a libertinagem sexual e uso excessivo de álcool e drogas.
Um outro problema, é que as mulheres cada vez mais priorizam a carreira em detrimento da maternidade. Muitas optam por não ter filhos ou os têm muito tarde. Isso tem feito as taxas de natalidade cair rapidamente, especialmente nos países mais industrializados. Em alguns países da Europa, como Espanha e Itália a situação já é dramática, pois o número de filhos por casal já está próximo de 1, bem abaixo do índice necessário para manter a população estável, que é de 2,1 filhos por casal. A população destes países está envelhecendo e a força de trabalho se reduz consideravelmente, o que poderá causar um colapso em suas economias. E isso ocorre em um momento tal que o patamar de renda familiar deste países teoricamente, permite que os casais tenham mais filhos.
Apesar dos problemas que citei neste espaço, não desejo que as mulheres retornem aos tanques e fogões, já que não podemos mais prescindir da força feminina no mercado de trabalho. Só desejo que as mulheres pensem um pouco mais sobre suas prioridades. Também quero salientar, que os homens têm a obrigação de aliviar a fatigante dupla jornada de trabalho feminina!