quarta-feira, março 19, 2008

Empresários não são bandidos!

Um dos maiores entraves ao desenvolvimento do país é a desconfiança generalizada em relação à classe empresarial no Brasil. Aqui de forma geral, as leis tratam empresários como exploradores gananciosos e cidadãos como idiotas que precisam da tutela estatal contra os malvados capitalistas pertencentes ao primeiro grupo.
Uma lei que exemplifica até que ponto pode chegar essa desconfiança é aquela que obriga as padarias a vender pão francês a peso, não mais por quantidade como era antes desta lei absurda, que partiu do pressuposto que os donos de padarias são espertalhões que iriam passar a perna nos consumidores vendendo o pãozinho com peso inferior a 50 gramas. Se antes sabíamos de antemão quanto pagaríamos pelo pãozinho nosso de cada dia, hoje não dá mais porque o peso de cada um dos pães varia. Por exemplo, se o pão custasse R$ 0,30, para comprar quatro, bastaria levar R$1,20 contadinhos. Isso antes do advento desta lei absurda, porque agora os mesmos 4 pães podem sair por R$1,10, ou R$ 1,30 dependendo do peso de cada pão.
Anos e anos de lavagem cerebral marxista convenceram boa parte de nossa população que empresários só enxergam lucro, pouco se preocupando com seus clientes, com a natureza e seus empregados, que sob a ótica esquerdistas são explorados até a última gota de sangue. Recentemente, uma escola tradicional no RJ, o colégio São Bento, distribuiu a alunos de 7a série uma apostila que mostra uma caricatura grotesca de um empresário (gordo, com charuto na boca), expropriando as riquezas produzidas pelos trabalhadores. Como boa parte de seus alunos são filhos de empresários, fico imaginando o que se passa na cabeça de um adolescente de seus 13, 14 anos ao serem ensinados que seus pais são vagabundos exploradores do trabalho alheio.
Há um componente cultural em toda essa desconfiança em relação ao empresariado. Brasileiro não tem muita simpatia por quem consegue vencer na vida. O sucesso alheio incomoda, por isso é preciso castrar, limar, controlar quem chega ao topo. Nada melhor para fazer isso do que o papai estado, através de uma miríade de regras e normas que engessam os negócios, sem falar da legislação trabalhista totalmente antiquada, que só ajuda a criar empregos na China.
Não quero dizer aqui não existem maus empresários. Eles existem sim, mas sua proporção não é maior que a de maus médicos ou de maus advogados, por exemplo. O grande problema aqui é a generalização. Não é porque alguns empresários são pouco éticos, que toda a classe seja assim.
É fato, que os países que prosperam são aqueles que oferecem um ambiente favorável a negócios, em que as pessoas possam empreender e inovar, com um mínimo de interferência estatal possível. Basta dar uma olhadinha no ranking do índice de liberdade econômica, elaborado anualmente pelo instituto norte-americano Heritage Foundation, para constatar que os países desenvolvidos estão no topo da lista. Já os mais atrasados estão na rabeira. O Brasil, no ranking de 2008 aparece em um vergonhoso 101º lugar, ao ladode países como Argélia, Zâmbia e Nigéria. Pode-se conferir no site deste instituto, que desde 2003, ano em que Lula assumiu a presidência, o Brasil tem perdido várias posições neste ranking. Era o 58º em 2003, em 2006 era o 70º e no ano passado, despencou 29 posições indo para o 99º. Deste jeito não corremos o menor risco de dar certo.

2 comentários:

Anônimo disse...

awe cara teu blog é muito legal, gostei mermo!!!

http://blogfoi.blogspot.com/

Luiz Mendes Junior disse...

"fico imaginando o que se passa na cabeça de um adolescente de seus 13, 14 anos ao serem ensinados que seus pais são vagabundos exploradores do trabalho alheio."

Quando cresce, vira estudante pseudo-esquerdista hipponga filhinho de papai com camisa do Che Guevara e bandeirinha do MST.