quarta-feira, junho 27, 2007

Não estamos no fundo do poço! (Ainda)

Hoje em dia, quem diz que estamos no fundo do poço está sendo otimista, porque alguns acontecimentos recentes mostram que sempre é possível piorar mais um pouco! Vejamos:
Terça-feira, 19 de junho de 2007. Neste dia um aluno da Escola Estadual Darcy Pacheco aqui na cidade onde eu vivo, São José do Rio Preto, SP, ateou fogo no cabelo da professora Iramar Araújo, com um isqueiro. Sob os risos da classe inteira, apenas duas alunas socorreram a professora. E qual a punição para o garoto incendiário? Nenhuma! A Secretaria de Educação informou que não irá punir o garoto porque entende que o delito não foi grave(?) ! Como não é grave, um ato que poderia ter conseqüências muito mais sérias, não fosse pela intervenção das alunas que socorreram a docente, que foi humilhada três vezes: pelo aluno incendiário, pela classe que a ridicularizou, e pela Secretaria de Ensino, que frustrou seu desejo de ver o agressor punido! Nenhuma medida foi tomada para protegê-la, nem pela direção da escola nem pela Secretaria. Além disso, nada foi feito para proteger a aluna que testemunhou contra o garoto. Ela não tem comparecido às aulas por medo de represálias dos amigos do agressor.
Ainda na semana passada, depois de 50 dias, os estudantes baderneiros que invadiram o prédio da reitoria da USP, finalmente desocuparam o recinto, após a promessa de que não sofreriam punição. Como se também fosse a coisa mais natural do mundo impedir atividades normais de uma universidade sustentada por nós, contribuintes, e fazer chantagem para que esta não preste contas de seus gastos, e para pedir mais privilégios, como se já não fosse uma baita de uma mordomia estudar de graça numa das melhores instituições de ensino superior do Brasil, sendo que a maioria deles precisou pagar um bom cursinho ou uma boa escola particular no Ensino Médio para poder ingressar na referida universidade.
Sem falar nos políticos, que costumam aprontar todas, mas no final tudo termina em pizza. Enquanto isso, assistimos uma degradação moral de nossa sociedade que culmina em pais que não sabem educar, filhos sem limites, a cultura do jeitinho, a lei do menor esforço, a permissividade diante de desvios de conduta.
Onde vamos parar?

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