segunda-feira, junho 09, 2008

Um Brasil dividido? A decisão está nas mãos do STF!

Freqüentemente falo mal do Brasil, porque existe muita coisa errada aqui! Corrupção, gigantismo estatal, violência, entre outros inúmeros males que nos afligem. Mas também sei reconhecer coisas boas aqui, como a alegria e bom humor de seu povo, a musicalidade, e principalmente, a boa convivência entre as pessoas de diversas nacionalidades e grupos étnicos que aqui vivem.
Este último no entanto, encontra-se seriamente ameaçado graças à ação de movimentos sociais e ONGs, todos apoiados por partidos de esquerda, que querem dividir o Brasil entre índios e não-índios, em brancos e negros. Estas ações, se levadas a cabo, não só farão do princípio de igualdade jurídica uma mera letra morta, como também poderá levar o Brasil a conflitos étnicos que por aqui nunca ocorreram.
Está sendo questionado no Supremo Tribunal Federal a instituição de cotas raciais por parte de universidades brasileiras. Outra aberração chamada Estatuto da Igualdade Racial, está em para ser votada no Congresso Federal. Esta excrescência, se aprovada, passará uma borracha em toda história de miscigenação ocorrida no País, e dividirá a população entre brancos e negros, sendo que os últimos valerão mais que os primeiros. Não resta dúvida de que isto fatalmente irá descambar para ódio racial, algo que aqui nunca houve, conforme já expus no post "O perigo da divisão racial".
Espero que o bom senso predomine na mais alta corte de justiça do país de modo que estas leis absurdas sejam barradas, a fim de que todos continuem iguais perante a lei, e que as pessoas não sejam julgadas pela quantidade de melanina que carregam na pele.

Um comentário:

Luiz Mendes Junior disse...

Não sei se a coisa chegará a descambar para o ódio racial, afinal temos aqui um ritual de raízes e reverberações fortes chamado Carnaval que, independentemente do que o STF determine, contribui de forma decisiva com a multiplicidade da relação do brasileiro consigo mesmo, diferentemente do americano, além de arrefecer as tensões sociais oriundas das desigualdades ano a ano, impedindo que a panela de pressão estoure. O que vejo são esforços tupiniquns em dar mais um passo naquilo que sempre fizemos, que é desprezar nossos valores, nossas noções mais múltiplas de etnia e "cor" (e não raça), nossa história, e aplicar noções mais simplórias como as dos americanos, afinal, eles são uma "raça superior", são primeiro mundo, e nosso auto-desprezo e desejo de copiar os padrões de quem "só pode estar mais certo do que nós" ultrapassam nossa razão e capacidade de resolver nossas questões à brasileira.

Porque também não desconsideramos os italianos como latinos? Eles não fazem isso? Para um yankee, um mexicano puramente descendente de povos pré-colombianos é um "latino legítimo", um italiano não.

Pois é. Nosso eterno desejo de ser simples como os caras "lá de cima" e copiá-los. Coisa de quem se despreza. Daqui a pouco estarão falando em acabar com o carnaval.